terça-feira, 1 de novembro de 2011

Filme Verdades e Mentiras

Olà pessoal,

Lembrando que assistiremos ao filme Verdades e Mentiras do diretor Orson Welles nessa quinta dia 3.
Teremos como convidados para iniciar o debate Margareth Hisse e Gustavo Vasconcelos.
Começa as 21:00 e custa dez reais! Bom filme pra gente!
Beijos e Abraços,
Pablo Gonzalez.

O ciclo fabulações tem esse tema extraído do livro de filosofia Cinema II: a Imagem-Tempo de Gilles Deleuze.
Seguem dois desdobramentos nossos e um estudo em anexo sobre o Conceito de Fabulação.

FABULAR É DANÇAR:

Você entra em dança. Não é fuga da realidade.
O que é o mundo? É necessário romper com a idéia de que o mundo seria algo estático. Romper com a inércia. Romper com o ostracismo. Romper com a queixa, ressentimento, romper com o se tornar vítima, mártir.
O mundo é movimento (e mais adiante, movimento é expressão de tempo).
Então a dança traça um movimento de mundo. Traça um mundo onírico. Aquilo me toca. Me faz movimentar. Mas não só isso.
Quando eu hesito, eu entro em dança. É um outro uso do pensar, do perceber, um outro uso do corpo.
É um êxtase, algo que vai dar sentido ao que acontece.
Fabulação, fabular, criar vida, criar mundo.

Pablo Gonzalez e Cristie Campelo

HÁ DANÇAS:

Não adianta, cada fala fala um universo, não existe verdade verdadeira. É como pássaros, cada um com seus pios. As verdades estão ligadas a mecanismos sensório motores, são hábitos. As verdades são maneiras de agir. A função de fabulação, o dançar, com pensamento, com a linguagem, com o corpo, é criação de novos agires, portanto novas verdades. Atualização. São ritmicidades. Quando a dança vira hábito não há mais dança. A dança tem a ver com hesitações, experimentações, instantâneas, finitas em si. Eu não estou na fala de ninguém, não estou em lugar nenhum a não ser em mim mesmo enquanto me movo. Nenhum de vocês está na minha fala, vocês estão em vocês mesmos enquanto moventes.
Há sempre um impulso dentro de mim que discorda ou não se representa no que estou falando. Não há totalização, há danças.

Pablo Gonzalez

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