sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DENGUE

31/08/2011 - 12h17
Prefeitura do Rio decreta estado de alerta diante do risco de epidemia de dengue em 2012
Isabela Vieira
Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro
Comentários14
Diante do risco da pior epidemia de dengue no verão de 2012, a prefeitura da capital fluminense decretou estado de alerta para a doença na cidade e estabeleceu a entrada compulsória de agentes de saúde em imóveis fechados ou abandonados.
As medidas estão entre os principais pontos do Plano de Combate à Dengue para o Verão 2012. Anunciado hoje (31), o decreto que traz as ações passa a valer a partir de amanhã (1º), após a publicação.
O objetivo é eliminar os focos do mosquito transmissor da doença, uma vez que 82% dos criadouros do Aedes aegypti estão em imóveis, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Dados também revelam que, em dois a cada três casos de dengue, foram encontrados ovos do mosquito na casa dos doentes.
Em julho, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro promoveu uma Mobilização contra a Dengue quando 4.746 focos do mosquito foram destruídos.
Risco aumentado
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que o risco de uma grande epidemia em 2012 se deve à volta do vírus tipo 1 e à entrada do tipo 4, para os quais a população não tem imunidade. Ele explicou que, por causa das epidemias dos anos de 2002 e 2008, os cariocas ficaram mais resistentes às variações 2 e 3, que tendem a fazer menos vítimas.
"Temos duas epidemias grandes na história do Rio, em 2002 e 2008, e o que se observou é que em 2001 e 2007 o número de casos apresentou uma curva de crescimento. Esse quadro se repete em 2011, portanto, tudo aponta para um novo ciclo da doença mais amplo e mais elevado, certamente, [será] a maior epidemia da história do Rio. Não quero assustar ninguém, mas a nossa convicção é essa", reforçou Paes, cobrando apoio da população e da imprensa no combate à doença.
Casos
Até agosto foram 67.797 casos de dengue na cidade do Rio, com pico em abril, quando foram registrados quase 25 mil casos. Em 2010, foram apenas 3.166 casos da doença no município.
Estado do Rio
O Estado do Rio de Janeiro lidera as estatísticas de mortes, casos graves e notificações de dengue nos primeiros seis meses deste ano. De janeiro a junho, foram registradas 85 mortes, 3.232 casos graves e mais de 137 mil notificações de dengue. O número de mortos pela doença cresceu 157% em relação ao primeiro semestre de 2010. O de casos graves, 58%, enquanto o de notificações aumentou 513% na mesma comparação.


19/10/2011 - 09h28
País pode enfrentar casos mais graves de dengue no verão, alerta Ministério da Saúde
Vladimir Platonow
Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro
A circulação no Brasil do subtipo 4 do vírus da dengue e o retorno do subtipo 1 podem aumentar o número de casos graves da doença neste verão, período que historicamente registra o maior contingente de infectados. O alerta é do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Ele participou hoje (18) de uma reunião com prefeitos e secretários municipais de Saúde do Rio, com objetivo de esclarecer sobre as ações adotadas pelas prefeituras contra a doença. “Temos a dispersão deste novo sorotipo, a dengue tipo 4. Ele não é mais perigoso que os demais. O problema é que quando a gente repete a dengue, aumenta a chance de que se venha a ter uma forma grave da doença”, disse Barbosa.
O Ministério da Saúde está investindo R$ 700 milhões no combate à doença, repassando os recursos diretamente aos municípios para ações preventivas. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, foram priorizados 980 municípios onde há maior risco de epidemias de dengue, que vão receber maior aporte de verbas, chegando a R$ 440 milhões do total.
O secretário estadual de Saúde do Rio, Sergio Côrtes, também alertou para o possível agravamento da doença no verão. “Temos um número de pessoas suscetíveis muito grande, com a possibilidade de dois vírus circulando. Embora tenhamos identificado o tipo 4 somente na cidade de Niterói, provavelmente ele está circulando em todo o estado, principalmente na região metropolitana. Temos que ter uma atenção muito maior”, disse.
O secretário estadual lembrou que devem ser seguidas à risca normas de atendimento aos pacientes, com exame de sangue e hidratação. “Não podemos achar que a melhora do sintoma significa a melhora do quadro da dengue. Pois é justamente nesse momento, quando melhora o sintoma, que se pode estar evoluindo para a forma grave”, ressaltou Côrtes.
12/10/2011 - 10h08
Fiocruz anuncia fase de estudos da vacina contra dengue

Do Rio de Janeiro
COMENTE
A vacina contra a dengue desenvolvida na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai entrar em fase de estudos clínicos e deve ser concluída em quatro ou cinco anos, disse nesta terça-feira à Agência Efe o diretor de Bio-Manguinhos, unidade de vacinas da Fiocruz, Arthur Couto.
Segundo ele, os testes começarão nos centros da instituição nos estados do Amazonas, Ceará e Bahia.

O pesquisador informou que os estudos "estão muito avançados", mas reconheceu que a farmacêutica francesa Sanofi-Aventis leva vantagem em seu projeto de vacina contra a dengue, que já está na etapa final de desenvolvimento.

"Estamos atingindo os objetivos, mas ainda temos uma caminhada pela frente. Nossa expectativa é chegar ao produto e concluir seu registro em quatro ou cinco anos", disse Couto.

A Fiocruz, que trabalha em colaboração com a multinacional belga GlaxoSmithKline (GSK), pretende desenvolver uma única vacina contra os quatro sorotipos existentes do vírus, de maneira que se possa aplicar em uma só dose para facilitar a logística da distribuição em regiões remotas. Enquanto isso, o Governo apresenta seu plano para combater a dengue na temporada do verão, época de maior contágio.

Dentre as estratégias anunciadas nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde, destaca-se a designação de incentivos financeiros aos municípios que cumprirem os objetivos de prevenção e do acompanhamento epidemiológico com apoio das redes sociais.

"O Ministério da Saúde utilizará todos os meios de informação para antecipar as ações contra a dengue. As redes sociais serão usadas dentro dessa estratégia", disse o ministro Alexandre Padilha em comunicado.

As redes sociais servirão como um sistema de vigilância complementar que alertará a detecção de novos casos por áreas geográficas, permitindo verificar regiões que apresentem um aumento significativo de contágios.

O secretário de Vigilância de Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que o Ministério está lançando uma série de iniciativas centradas no atendimento correto da população. Segundo ele, o Governo pretende incentivar a formação de 66 mil profissionais para melhorar o diagnóstico e o atendimento.

De acordo com o balanço epidemiológico, entre janeiro e setembro de 2011, o número de casos graves foi reduzido em 40% em relação ao mesmo período de 2010. O número de óbitos por causa da dengue diminuiu 25% e o número de casos notificados caiu 24%.

Em 2010, 550 pessoas morreram no Brasil pelo contágio desta doença transmitida pela picada do mosquito "Aedes aegypti", que nos casos mais graves chega a produzir hemorragias internas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário